Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça (21), na sede da Polícia Federal, em Salvador, foram divulgados novos detalhes da operação “Fogo Amigo”, que foi deflagrada na manhã desta terça (21), em Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo; Porto Seguro, na Costa do Descobrimento; além de cidades de Alagoas e Pernambuco.
Segundo a PF, em Salvador também foram cumpridos nove mandados judiciais. Ao total, dez policiais militares já foram presos, dentre eles, dois capitães e oito praças, além de um bombeiro, que vendiam as armas que deveriam ir para as delegacias em três lojas que ficavam em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca.
A operação foi intitulada de “Fogo Amigo” pelo fato de os investigados serem policiais que vendem armas e munições, de forma ilegal, para membros de facções criminosas que, por sua vezs usam os armamentos contra a própria polícia.
Os investigados também tiveram cerca de R$ 10 milhões bloqueados. Três lojas também ficam suspensas de comercializarem material bélico de forma irregular. Durante a operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas de venda de armas, munições e acessórios controlados em Juazeiro (BA) e na cidade vizinha de Petrolina (PE).
Também são alvos da operação os CACs [Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], empresários e lojas de armas de fogo, munições e acessórios. Segundo o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Motta, a legislação está num processo constante de revisão, para dificultar o acesso às armas para qualquer pessoa. “Não podemos simplesmente ter uma legislação que permita que qualquer pessoa utilize uma arma. Então o trabalho que é realizado hoje é justamente tentar realizar essas alterações com o objetivo de se chegar ao resultado que seja bom para todo mundo. É o que está em andamento, justamente é tentar aperfeiçoar essa legislação envolvendo a liberação de compra e porte de armas”, disse.
Além da PF atuam na operação Fogo Amigo o Gaeco Norte do MP/BA, da Cipe-Caatinga, Bepi (PM/PE); Core-Polícia Civil da Bahia; Gaeco/PE; Force/Coger; Correg (Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco); e Exército Brasileiro.
Fonte: Bahia Notícias.
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