Brasileira arrecada mais de R$ 100 mil em vaquinha online para fazer eutanásia no exterior

“Depois de esgotar todas as opções médicas disponíveis e enfrentar uma dor insuportável diariamente, tomei a difícil decisão de buscar a eutanásia como uma forma de encerrar meu sofrimento de maneira digna”, escreveu Carolina.
Por: Ramon Moura 07, jul. de 2024 às 14:21
Brasileira arrecada mais de R$ 100 mil em vaquinha online para fazer eutanásia no exterior
Foto: Reprodução/Internet

A mineira Carolina Arruda Leite, de 27 anos, é portadora de uma síndrome rara que a faz sentir “a pior do mundo”. Sofrendo há 11 anos com a Neuralgia do Trigêmeo Bilateral, ela decidiu realizar uma eutanásia na Suíça e, para conseguir recursos criou uma vaquinha online, intitulada "Por uma despedida digna: ajude Carolina a alcançar paz”.  

Com o objetivo de arrecadar R$150 mil, a vaquinha lançada na última segunda-feira (1°) já acumula cerca de R$105 mil reais, doados por mais de 2.500 pessoas. O valor pedido por Carolina inclui os gastos médicos e os custos da viagem internacional, já que no Brasil a eutanásia é proibida por lei e definida como crime de homicídio pelo Código Penal. 

Carolina, que é estudante de medicina veterinária, explica que a síndrome a faz sentir uma dor que é “comparável a choques elétricos equivalentes ao triplo da carga de uma rede 220 volts que atravessam meu rosto constantemente, sem aviso e sem trégua”. Mesmo tendo sido submetida a diversos tratamentos e cirurgias, nenhum procedimento foi eficaz e a condição da jovem é considerada refratária. 

“A esperança de uma vida sem dor tem se tornado cada vez mais distante, e a qualidade de vida, praticamente inexistente”, conta Carolina. A mineira relatou com o convívio com a dor crônica afetou também a saúde mental dela, que já teve passagem por um hospital psiquiátrico com o diagnóstico de depressão.

“Depois de esgotar todas as opções médicas disponíveis e enfrentar uma dor insuportável diariamente, tomei a difícil decisão de buscar a eutanásia como uma forma de encerrar meu sofrimento de maneira digna”, escreveu Carolina.

Por: Metro1.

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